Digitalização vira pilar da mobilidade elétrica e fortalece ecossistema de energia limpa
Com foco em interoperabilidade e experiência do usuário, empresa investe em soluções que unem digitalização e sustentabilidade para acelerar a mobilidade elétrica no Brasil
A transição energética não é apenas sobre trocar combustíveis fósseis por fontes renováveis. Ela passa, também, pela digitalização e pela capacidade de integrar usuários, veículos e redes elétricas em tempo real. Nesse cenário, empresas como a Voltbras têm assumido um papel cada vez mais estratégico. Especializada em soluções tecnológicas para a gestão de estações de recarga, a empresa brasileira atua como elo entre o crescimento da mobilidade elétrica e a construção de um ecossistema energético mais limpo, inteligente e conectado.
A digitalização do setor de mobilidade elétrica é vista como um dos pilares para sua expansão sustentável. Sem uma infraestrutura tecnológica robusta, veículos elétricos podem se tornar apenas um luxo urbano, restrito a grandes centros e a rotas previsíveis. “Mais do que fornecer infraestrutura física, é preciso garantir que o sistema funcione de maneira integrada, fluida e acessível. A tecnologia é a ponte entre o usuário e a energia limpa”, afirma Bernardo Durieux, CEO da Voltbras.
Segundo dados da ABVE, o Brasil ultrapassou 300 mil veículos eletrificados em circulação no primeiro semestre de 2025 – um crescimento de 91% em relação ao ano anterior. Ainda assim, esses veículos representam menos de 1% da frota nacional. Um dos principais gargalos para o avanço está na infraestrutura de recarga, ainda concentrada nas regiões Sul e Sudeste e com presença limitada nas rodovias. A ausência de uma rede interoperável e a fragmentação dos sistemas dificultam a experiência do usuário e inibem a adoção em larga escala.
É nesse ponto que soluções como a da Voltbras se destacam. A empresa possui uma plataforma que conecta diferentes operadores de recarga, permitindo que usuários encontrem, utilizem e paguem por energia em qualquer ponto compatível – independentemente do fornecedor. “Interoperabilidade não é um luxo. É uma necessidade básica para que o carro elétrico seja uma escolha viável, especialmente fora das capitais”, ressalta Durieux.
Além de melhorar a experiência do consumidor, a digitalização permite a coleta de dados estratégicos sobre uso, comportamento e demanda. Essas informações ajudam a dimensionar investimentos em infraestrutura, identificar gargalos e propor políticas públicas mais eficazes. “Sem dados, não há planejamento eficiente. Nossa tecnologia ajuda a mapear o comportamento dos usuários em tempo real, o que é essencial para a expansão da mobilidade elétrica”, explica o executivo.
Do ponto de vista ambiental, o Brasil parte de uma posição privilegiada: mais de 80% da sua matriz elétrica é composta por fontes renováveis, como hidrelétricas, solares e eólicas. Isso significa que cada quilômetro rodado em um carro elétrico no país tem uma pegada de carbono significativamente menor do que em países que ainda dependem de termelétricas. Mas para que esse potencial se transforme em impacto real, é preciso escala – e tecnologia.
A integração entre transporte e energia também abre portas para novos modelos de negócio e inovação. Tecnologias como carregamento bidirecional (V2G), que permite que o carro devolva energia à rede, e o uso de inteligência artificial para otimizar o consumo energético em horários de menor demanda, já são realidade em mercados mais maduros. No Brasil, essas soluções ainda são incipientes, mas estão no radar de empresas como a Voltbras.
Estudos recentes da McKinsey mostram que mais de 60% dos brasileiros consideram adquirir um veículo elétrico nos próximos anos. No entanto, a intenção ainda esbarra em três fatores principais: preço, desinformação e falta de infraestrutura. “Nosso papel é justamente descomplicar esse processo. Quanto mais simples e acessível for a recarga, mais pessoas vão adotar o carro elétrico como parte da rotina”, conclui Durieux.
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